De Vitor Birner
Corinthians 3×1 Santos
A defesa do Corinthians parou Neymar. O santista não brilhou e perdeu.A diferença do time de Tite para o de Adilson foi exatamente a capacidade de impedir o adversário de criar boas chances de gol.
Na frente, o Alvinegro foi bem eficaz.
Opções dos técnicos
Ambos os comandantes escalaram sistemas ofensivos leves e rápidos.
Os 4 mais avançados de Tite foram Moraes, Jorge Henrique, Dentinho e Liedson.
E os do treinador santista Elano, Robson, Neymar e Diogo.
As formações permitiam bastante movimentação na frente, contragolpes rápidos e a participação dos 20 jogadores de linha na marcação.
Tática
O Corinthians atuou no 4-2-3-1 com um pé no 4-4-2.
Na linha de 3, Jorge Henrique, Moraes e Dentinho. Este último começou na esquerda, recuou para ajudar na marcação, e apareceu várias vezes como atacante ao lado de Liedson. Isso acontecia, claro, quando o anfitrião tinha a posse de bola.
Ao longo da etapa inicial, Dentinho trocou de lado. Jorge Henrique atuou na na meia direita, Moraes centralizado, Paulinho de segundo volante e Ralf foi quem mais se preocupou com os desarmes no meio-campo corintiano.
Alessandro, Wallace, Leandro Castán e Fábio Santos formaram a defesa.
O esquema tático do Santos foi parecido.
Neymar marcou na direita, mas quando o Peixe recuperava a gorduchinha, ele podia escolher onde jogar. Usou os dois lados do ataque, buscou a bola na meia e não encontrou espaço para criar o lance claro de gol.
Robson, na meia esquerda, podia se transformar em terceiro atacante, e Elano, centralizado, apareceu bastante na meia-direita quando Neymar avançou para formar a dupla de ataque com Diogo. Arouca foi o volante com liberdade de atacar e Rodrigo Possebon o maior responsável pelos desarmes..
Danilo, Edu Dracena, Durval, Léo e o goleiro Rafael completaram a equipe.
Defesas vencem
Apesar de tantas possibilidades ofensivas, houve poucas chances de gols.
Os erros de saída de bola de Moraes e Possebon proporcionaram apenas pequenas ameças.
No início, o Peixe manteve a posse da gorduchinha e deu a impressão que conseguiria se impor.
O Corinthians acertou a marcação, reverteu a situação e conseguiu alguns chutes de média e longa distâncias.
Ninguém entrou com a bola dominada, tabelando, na área.
Belos gols
Arouca e Possebon, quando o Corinthians estava melhor, apelaram para as faltas.
Numa delas, aos 23, Fábio Santos cobrou bem e deu a vantagem ao Alvinegro da capital.
Aos 40, Elano dividiu com Paulinho, a bola sobrou para o santista e ele, de fora da área, acertou lindo chute no ângulo direito.
Adilson muda
O segundo tempo do clássico começou igual aos outros 45 minutos.
Só chute de Neymar, aos 4, obrigou Julio Cesar a trabalhar
O treinador santista, insatisfeito com a participação discreta de Robson e os erros de Possebon, que já havia recebido cartão amarelo, mexeu no time.
Aos 8, colocou Adriano no lugar de Possebon (queria arrumar a marcação no meio e evitar a expulsão do volante) e aos 12, Maikon Leite (pretendia melhorar a criação).
Dentinho dribla, Adriano erra
Aos 14, Dentinho entrou na área, driblou Adriano e foi derrubado. Não havia a menor necessidade do volante fazer o pênalti.
Tinha cobertura, não era lance de perigo claro, o corintiano não estava em condições de bater em gol….
Fábio Santos cobrou bem e recolocou o Corinthians em vantagem.
Ataques improdutivos
O Corinthians recuou, deixou espaço para o Santos carregar a bola até o meio-campo sem marcação. Os velozes atletas de frente podiam ser mortais no contra-ataque.
O Peixe precisou ir ao ataque.
O clássico continuou pobre em oportunidades de gols.
Adilson arrisca
Dentinho, cansado, pediu para sair e Bruno Cesar entrou.
Adilson , aos 33, decidiu correr mais riscos.
Substituiu Danilo por Zé Eduardo.
Adriano foi jogar na lateral e Elano virou o primeiro volante com liberdade de apoiar.
Na prática, o treinador abriu mão de força defensiva no meio em troca da possibilidade de aumentar a capacidade de articular lances perigosos.
E o Corinthians ganhou ainda mais espaço para o contragolpe.
Liedson garante a vitória
Aos 41, Diogo, muito mal na partida, errou na frente, Liedson recebeu o lançamento, ficou mano a mano com Rafael e tocou com muita categoria por cima do goleiro.
Vitória justa
O Corinthians ganhou porque foi mais competente atrás.
Não houve interferência de arbitragem.
Resultado justo
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 3 X 1 SANTOS
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 20 de fevereiro de 2011, domingo
Horário: 16 horas (horário de Brasília)
Árbitro: Raphael Claus
Assistentes: Luis Alexandre Nilsen e Márcio Jacob
Assistentes adicionais: Robinson José Andréa de Góes e Vinicius Furlan
Renda: R$ 577.548,50
Público: 21.293 pagantes
Cartões amarelos: Ralf e Wallace (Corinthians); Rodrigo Possebon, Arouca, Danilo, Edu Dracena e Elano (Santos)
Gols: CORINTHIANS: Fábio Santos, aos 23 minutos do primeiro tempo e aos 15 minutos do segundo tempo, de pênalti; Liedson, aos 40 minutos do segundo tempo; SANTOS: Elano, aos 41 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Julio Cesar; Alessandro, Wallace, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Morais (Ramirez) e Jorge Henrique; Dentinho (Bruno César) e Liedson
Técnico: Tite
SANTOS: Rafael; Danilo (Zé Eduardo), Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Rodrigo Possebon (Adriano), Elano e Róbson (Maikon Leite); Neymar e Diogo
Técnico: Adilson Batista
Nenhum comentário:
Postar um comentário